13 janeiro 2009

PIN

Um mundo de ilusões, onde o som arqueia no eco, onde a visão extrai um nada, o imaculado ar que se expande salobro.
Nesse mundo coleccionamos decisivamente a incerteza, de ser real.
Vai calmo e incógnito o aplauso...
Novo mundo, novo estado.
Correm oitavas em linhas pretas, cavalgam ao som soprado, do metal. O agudo da corda acompanha as redes tilintantes ao longe, tamborila intrépido impacto. Tudo se funde, mas ingloriamente, apresentasse mais nu que nunca. Tapasse mas não cortina a verdade, esta parece volver o revés oprimido na verdade privilegiada. Esquivou-se, através da ovação.
Acelerado impotente, segue em frente com se o atrás se apagasse, corre, corre, corre, em onda, aos pulos, rastejando, como queiras. Mas desde já te aviso, o meu olho tudo vê, ouço-te a milhas, até sinto o teu cheiro e o teu sabor. Não tarda agarro-te. E depois, perguntas tu ou questiono eu... choca, choca, choca, finge que voltas e acontece o reflexo, de um compasso já bem visto e revisto, para a inteligência.
Na cópia do imprevisto, figura vibrante, linha que rola, rebola, desenha. Sinuosa a carícia imaginada, preenche o imaginário quando atento, em silêncio e arrepio. Fica a marca da vara, desejada a curto prazo. Aquando da montagem temporal, peças de único encaixe. Infinita compressão integrando espaço.

1 comentário:

Anónimo disse...

Além de o senhor poeta usar uma abundante quantidade de palavras caras sem dizer pão, não deveria violar livremente a língua portuguesa, dado que não possui qualquer estatuto equiparável ao de Saramago.